EJE-GO realiza 13ª edição do Conversando com a Justiça Eleitoral em parceria com a UFG
Evento discutiu temas fundamentais à democracia brasileira

A 13ª edição do programa “Conversando com a Justiça Eleitoral” foi realizada na noite desta segunda-feira (16), no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (FD/UFG), em Goiânia. Promovido pela Escola Judiciária Eleitoral de Goiás (EJE-GO), em parceria com a UFG, o evento reuniu autoridades, especialistas, estudantes e representantes da sociedade civil para discutir temas fundamentais à democracia brasileira.
A programação teve início às 19h, com a abertura oficial feita pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga. Em discurso, o magistrado destacou seu compromisso com a modernização da Justiça Eleitoral e o fortalecimento da relação com a sociedade. “Desde que cheguei, implementei uma nova cultura. Não sei se é de vanguarda ou a melhor, mas quero dar à Justiça Eleitoral de Goiás uma agilidade maior”, afirmou. Para ele, o Poder Judiciário não pode mais ser visto como um “castelo de marfim”, e sim como uma instituição acessível e aberta ao diálogo. Sobre o evento, Veiga Braga o definiu como “uma rara oportunidade de ouvirmos e sermos ouvidos. Não estamos fechados a críticas, observações ou sugestões.”
O diretor da Escola Judiciária Eleitoral de Goiás (EJE-GO), desembargador eleitoral Rodrigo de Melo Brustolin, ressaltou que o “Conversando” busca aproximar o Judiciário da sociedade por meio do diálogo e da escuta ativa: “Temos como missão fomentar o diálogo direto entre a Justiça Eleitoral e a sociedade, com foco na formação do cidadão, na valorização da democracia e na promoção do voto consciente.” A 13ª edição do projeto, realizado pela primeira vez em Goiânia, marcou, segundo ele, o compromisso com a ampliação dos espaços de participação cidadã. Ao destacar a presença da juventude no evento, Brustolin enfatizou o papel dos estudantes na renovação do debate público e reforçou que a Justiça Eleitoral vai além da organização das eleições, atuando também como guardiã da democracia e agente de educação cidadã. “Queremos construir uma ponte entre as instituições e as pessoas, sustentada no diálogo, na escuta e no respeito mútuo”, reiterou.
O diretor da Faculdade de Direito da UFG deu as boas-vindas aos participantes e ressaltou a importância do evento para a reflexão democrática. Ao lembrar a longa trajetória da instituição, destacou que a faculdade sempre foi um espaço de resistência e troca de ideias. O professor ainda ressaltou o simbolismo da presença da Justiça Eleitoral no local e reforçou a relevância da iniciativa para os tempos atuais: “Sem Justiça Eleitoral, não se sustenta a democracia, nem mesmo o povo.”
O primeiro painel da noite teve como tema “Justiça Eleitoral – Constitucionalidade e Judiciário Eleitoral”. A palestra foi conduzida pelo desembargador eleitoral Laudo Natel Mateus e pelo juiz Leonardo Hernandez Santos Soares. Os participantes discutiram o papel da Justiça Eleitoral na garantia do Estado Democrático de Direito e os desafios institucionais enfrentados pelo Judiciário Eleitoral.
Em seguida, o segundo painel tratou da influência das redes sociais e da violência política de gênero no processo democrático, sob o tema “Redes Sociais, Violência Política de Gênero – Como Garantir a Democracia”. A procuradora da República Raquel Branquinho foi a palestrante principal e dividiu a mesa com a secretária-geral da OAB-GO, Talita Hayasaki, e a professora e pesquisadora Silvana Beline, que contribuíram com análises sobre os mecanismos institucionais e sociais de combate à desinformação e à exclusão de gênero na política.
Durante o dia, foi realizado atendimento biométrico voltado a membros da Associação dos Surdos de Goiânia e seus familiares. A programação diurna contou ainda com palestra do servidor Thales Perrone, voltada à cidadania e acessibilidade.
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Secom