Desembargadora eleitoral Stefane Fiuza participa da 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres

O evento se propõe a debater e apresentar propostas para a criação de políticas públicas para as mulheres

Desembargadora eleitoral Stefane Fiuza participa da 5ª Conferência Estadual de Políticas para as...

A desembargadora eleitoral Stefane Fiuza Cançado Machado participou ontem (6) da 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, realizada no hotel Umuarama, em Goiânia. O evento reuniu representantes do poder público e da sociedade civil em um espaço de escuta, debate e formulação de propostas voltadas à promoção da igualdade de gênero. Com o tema “Mais democracia, mais igualdade, mais conquistas para todas”, a solenidade reforçou o papel das políticas públicas na construção de uma comunidade mais justa e inclusiva.

A magistrada representou a Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Em sua fala, a magistrada destacou a relevância do espaço como instrumento de transformação. “Conferências como essa representam escuta, representam o exercício da democracia viva. Aqui se reúnem vozes diversas, experiências plurais e propostas concretas que devem ecoar nas decisões institucionais e no cotidiano dos serviços”.

Lei Maria da Penha

O evento também foi uma oportunidade de reflexão sobre os desafios enfrentados pelas mulheres, especialmente no contexto da violência doméstica. A data foi simbólica, pois nesta quinta-feira (7), a Lei Maria da Penha completa 19 anos, marco histórico no enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil. A desembargadora aproveitou para chamar atenção para os avanços e os obstáculos que ainda persistem. “Não há democracia efetiva enquanto milhares de mulheres seguem vivendo sob a ameaça da violência. A cada dia, mulheres são agredidas, violentadas ou mortas dentro de suas próprias casas”, ressaltou.

Stefane também apresentou dados de sua pesquisa de mestrado, voltada à política pública de abrigamento no estado, e defendeu a estruturação de uma rede contínua, regionalizada e efetiva de acolhimento. “O abrigo deve ser conhecido como uma política pública estruturante no enfrentamento à violência doméstica. Seu fortalecimento exige planejamento intersetorial, recursos estáveis e presença nos territórios mais vulneráveis”, acrescentou.

Além do olhar para a proteção social, a magistrada abordou a necessidade de ampliar a presença feminina nos espaços de poder e decisão, especialmente na política: “A representatividade feminina no sistema político-eleitoral precisa ser fortalecida. Precisamos de mais mulheres candidatas, eleitas, liderando partidos, ocupando cargos de decisão”.

Ao final, a desembargadora firmou seu compromisso com a construção de uma justiça mais acessível e inclusiva. “Deixo aqui meu compromisso de seguir atuando para que o Poder Judiciário, em especial a Justiça Eleitoral, seja cada vez mais aberta, acessível e representativa, e de também somar esforços para que nenhuma mulher em Goiás tenha que enfrentar a violência sozinha”, encerrou.

Secom

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