Assinatura da Carta de Pirenópolis marca o encerramento do 89º COPTREL
Documento reúne deliberações e compromissos firmados pelos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais

O 89º Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais foi encerrado nesta sexta-feira (10), após dois dias de discussões e definição de estratégias voltadas ao fortalecimento da Justiça Eleitoral brasileira.
Os trabalhos foram retomados no período da tarde com a apresentação da ferramenta GuaIA - Plataforma de Combate à Desinformação com IA e Confiança Eleitoral, desenvolvida pelo TRE-GO em parceria com o Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG), pelo professor Eliomar Araújo, coordenador do projeto no Instituto. Em seguida, o professor Vladimir Safatle ministrou a palestra “A democracia brasileira diante da ascensão global dos novos autoritarismos”.
O servidor Bruno Mortari, da Assistência de Pesquisa e Estatística do TRE-GO, deu início à mostra de projetos inovadores com a apresentação do Ecossistema Nativa IA, iniciativa desenvolvida em parceria entre os TREs de Goiás, Acre e Amapá, os Tribunais de Justiça do Acre e Amapá e a Universidade Federal do Tocantins. Na sequência, o servidor da Corte Eleitoral baiana, André Luiz Cavalcanti, apresentou o Sistema Hefesto.
Concluindo a programação, foram apresentadas aos presidentes dos Tribunais as propostas elaboradas pelas diretorias-gerais e pelas assessorias de comunicação, voltadas ao aprimoramento das atividades desta Justiça Especializada.
O encontro foi concluído com a leitura e assinatura da Carta de Pirenópolis, documento que consolida os principais encaminhamentos e compromissos definidos pelo Colegiado, e a definição da sede da 91ª edição do COPTREL.
Confira a íntegra da Carta de Pirenópolis
O COLÉGIO DE PRESIDENTES DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS, em sua
octogésima nona reunião, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 2025, na cidade de Pirenópolis,
Goiás, apôs deliberar sobre os temas constantes da pauta e de manifesta relevância para a Justiça
Eleitoral, concluiu:
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No cenário de transformações sociais, políticas e tecnológicas, a Justiça Eleitoral reconhece os desafios que emergem sob formas digitais, discursivas e simbólicas. Diante disso, é necessária a consolidação de um modelo de atuação no qual sejam garantidas eleições integras, livres de fraudes e interferências indevidas de poder, de forma que a Justiça Eleitoral reafirme sua missão histórica de proteger a democracia assegurar a liberdade de escolha do eleitor, em todas as suas dimensões; -
Os tempos atuais exigem novas maneiras de pensar e agir. O avanço da inteligência artificial, as mudanças nas dinâmicas da comunicação, as novas demandas sociais por participação e inclusão desafiam a Justiça Eleitoral a romper paradigmas e reinventar seus modos de organização e de servir à sociedade; -
A difusão de conteúdos falsos e ataques à integridade da Justiça Eleitoral exigem uma resposta institucional firme, coordenada e baseada em evidências. Assim, como um dos eixos centrais da atuação da Justiça Eleitoral, é necessário reforçar o compromisso com ações de educação midiática, transparência e diálogo com a sociedade, em parceria com órgãos públicos, instituições
de ensino, entidades da sociedade civil e plataformas digitais: -
A inovação colaborativa, com a construção conjunta de soluções tecnológicas entre os
Tribunais Regionais Eleitorais, faz-se necessária como modo de consolidar um sistema de confiança, segurança e legitimidade, possibilitando à Justiça Eleitoral obter mecanismos de proteção à
democracia, utilizando a tecnologia como instrumento de eficiência; -
Os presidentes reafirmam a disposição de atuar de forma coordenada e colaborativa com o Tribunal Superior Eleitoral de modo a aperfeiçoar a gestão eleitoral, fortalecendo a unidade institucional.
Secom




