O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) inaugurou, na manhã desta terça-feira (18), o Ponto de Memória da Justiça Eleitoral na capital. A cerimônia, realizada na Central de Atendimento ao Eleitor, integra o projeto “Memórias da Justiça Eleitoral: Contando Nossa História”, iniciativa voltada à preservação e valorização da história da instituição e de sua contribuição para o fortalecimento da democracia no estado.

Ao abrir a cerimônia, o presidente da Corte, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, destacou a relevância histórica da iniciativa e enfatizou que “é preciso que guardemos a memória dos fatos e todos os acontecimentos, tudo aquilo que fizemos, tudo aquilo que não fizemos e tudo aquilo que deveríamos ter feito”. O magistrado observou que o projeto reforça a preservação dos registros significativos da instituição, afirmando que “o passado que vive em mim chama-se memória, e é preciso que nós deixemos nesses registros a nossa memória”. Ao mencionar o papel cultural desempenhado pelo Tribunal, Veiga Braga sublinhou que o TRE-GO “tem a melhor e a maior agenda cultural de todos os tribunais”, ressaltando o compromisso de sua gestão com o fortalecimento da identidade institucional. “Temos futuro porque temos passado, fazemos registros e damos conhecimento à sociedade”, concluiu, agradecendo a presença de todos.

O desembargador eleitoral Rodrigo Brustolin, dirigente da Comissão de Gestão da Memória e Cultura, reforçou o pacto da Justiça Eleitoral com a preservação histórica. Ele lembrou o papel central do Tribunal na realização do Encontro Nacional da Memória do Poder Judiciário e afirmou que iniciativas como essa “só reforçam esse olhar que o presidente tem com a cultura e com a memória”. Para ele, o Ponto de Memória cumpre a função de recordar que “a memória existe, que ela deve ser lembrada”, além de já ter motivado avanços concretos. “Um servidor deu uma sugestão que já se transformou em processo administrativo para que possamos documentar, com fotografias, todas as eleições daqui para frente”, relatou. Segundo Brustolin, o fortalecimento contínuo do acervo garante que a história da Justiça Eleitoral permaneça preservada.

A secretária de Gestão da Informação, Flávia Dayrell, celebrou a abertura do espaço e destacou o empenho das equipes envolvidas. Ela reforçou a importância de registros sistemáticos do processo eleitoral e comentou o projeto fotográfico em desenvolvimento, enfatizando que “a iniciativa permitirá ir montando nosso acervo de memória”. Ao final, Flávia agradeceu aos cartórios parceiros e defendeu que “a distância entre as equipes precisa ser encurtada para fortalecer ações conjuntas”.

Por sua vez, o diretor do Fórum Eleitoral, Vanderlei Caires, ressaltou o simbolismo do novo espaço e elogiou a condução do projeto. “A cultura desse homem deixou a gente até assustado”, disse, ao cumprimentar o presidente do Tribunal, observando que sua atuação na área cultural é amplamente reconhecida. Sobre o Ponto de Memória, o juiz  declarou que “o trabalho idealizado fica para a eternidade” e defendeu a ampliação do espaço para possibilitar que qualquer visitante consulte “todas as memórias: desde a fundação da primeira zona eleitoral, com fotografias, memórias, posses, gente importante que entrou na história do Brasil”.

Projeto Pontos de Memória

Os Pontos de Memória consistem em miniexposições itinerantes instaladas em locais estratégicos. Cada espaço é composto por gaveteiros para guarda de documentos e objetos históricos, além de painéis que exibem fatos e imagens marcantes da trajetória da Justiça Eleitoral em Goiás.

O projeto tem como principais objetivos:

• Preservar e difundir a memória histórica dos cartórios eleitorais;
• Valorizar o patrimônio cultural e institucional da Justiça Eleitoral;
• Aproximar a comunidade da história e do papel da Justiça Eleitoral.

Acervo histórico

Entre os itens expostos nos gaveteiros do Ponto de Memória, destacam-se:

• Atas históricas, como a de criação do cartório eleitoral e registros de eleitores, que documentam os primeiros passos da Justiça Eleitoral na região;
• Fotografias antigas, que mostram a evolução dos prédios e serviços eleitorais ao longo do tempo;
• Atos normativos que evidenciam transformações administrativas e estruturais do sistema eleitoral;
• Objetos e materiais utilizados em diferentes períodos, resgatando práticas e instrumentos que marcaram a história da instituição.

Acesse o álbum de fotos. 

Secom